Teste da Violência Obstétrica - Dia Internacional da Mulher - Blogagem Coletiva

Hoje meu post é por uma boa causa. Há 2 anos e 5 meses tive meu tão sonhado parto normal. Apesar das intercorrências (uso de fórceps, necessidade de episiotomia, pós-parto meio 'traumático'), realizei aquele sonho que eu carregava desde a primeira gravidez, e que não foi possível pois o meu "pequeno", de 4,790 kgs não encaixou... Apesar dessas intercorrências, nada foi pior pra mim do que o modo como fui tratada pela 'obstetra' que me atendeu primeiramente (Maria Beatriz Pirai de Oliveira - graças a Deus o plantão dela acabou pouco antes da minha pequena nascer, e a obstetra que chegou (Beatriz Helena Purim de Azevedo) foi maravilhosa, de verdade acho que graças a ela minha filha nasceu tão bem, mesmo tendo que ser tirada com o fórceps)... Não gosto nem de lembrar o quão mal fui tratada por essa primeira obstetra nada humanizada, que numa das minhas contrações me olhou brava quando tentei me segurar nela, tirou seu braço e disse: "não segure em mim!", me mandou não gritar, etc... Além de ter tirado minha sogra (que é enfermeira do hospital) da sala de pré-parto, dizendo que ela estava atrapalhando, sendo que era ela quem estava me apoiando, me dando força, me deixando segurar sua mão (aliás, apertar, coitada, qse arranquei seus dedos fora em minhas contrações), já que meu marido não pode entrar comigo pois não tínhamos ainda levado a autorização para o diretor do hospital assinar - aliás eu ia levar naquele dia, mas minha pequena resolveu não esperar... rs Enfim, não indico pra ninguém essa tal médica, pois me constrangeu, me senti humilhada, como se eu fosse só 'mais uma' ali, dando à luz, como se eu fosse culpada por alguma coisa, sabe, tipo aquelas que dizem: "na hora de fazer não doeu, né?!"... Por isso tudo que passei, estou participando dessa blogagem coletiva para, de alguma forma, ajudar às mulheres que ainda terão seus tão sonhados partos, para que não precisem passar por isso que passei, que tenham o direito de ter seus filhos sendo tratadas com dignidade, com humanidade, pra que esse momento seja realmente especial, e fique marcado na lembrança como um momento lindo, e não traumático!